Desde que Taís sumiu, Marineide não voltou ao trabalho. Tem o aspecto de uma mulher doente. Conta que entrou em depressão, perdeu 20 quilos e teve tuberculose. “Sou forte em espírito”, diz. Os filhos mais velhos, Diogo, de 19 anos, e Elaine, de 18, sustentam a casa.
O que Marineide acha que aconteceu? “Acho que ela foi levada por alguém conhecido, que não a deixava voltar. Talvez com o tempo ela tenha ficado com pena da pessoa. Não sei. Quando ela chegar, nem faço questão de que me conte tudo. O importante vai ser estarmos juntas”, afirma. O delegado, conta Marineide, perguntou a ela se batia em Taís. “Tive de rir. Os próprios irmãos diziam que Taís sempre foi a mais mimada, a única que dormia na minha cama.”
No começo do ano, assistindo a um noticiário na TV, Marineide acredita ter visto Taís no meio de uma manifestação de porteiros, em Copacabana. Procurou a emissora e conseguiu um DVD com as imagens que mostram uma menina, ao fundo, andando de patinete. “É ela, eu tenho certeza”, diz. Com o controle remoto na mão, Marineide avança quadro a quadro as imagens da suposta Taís. “Agora, ela vai aparecer atrás daquele homem. Olha lá. Não é ela?”, diz, com fotos da menina na outra mão. A semelhança é de fato grande, tão grande quanto o desejo de que a garota no vídeo seja sua filha. Marineide diz assistir ao DVD mais de 20 vezes por dia. “Eu não faço nada na vida, só procuro e penso em Taís”, afirma.
“A criança é o princípio sem fim. O fim da criança é o princípio do fim. Quando uma sociedade deixa matar as crianças é porque começou seu suicídio como sociedade. Quando não as ama é porque deixou de se reconhecer como humanidade.
Afinal, a criança é o que fui em mim e em meus filhos enquanto eu e humanidade. Ela, como princípio, é a promessa de tudo. É minha obra livre de mim.
Se não vejo na criança, uma criança, é porque alguém a violentou antes, e o que vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado. Diante dela, o mundo deveria parar para começar um novo encontro, porque a criança é o princípio sem fim e seu fim é o fim de todos nós.”
"Herbert de Sousa (BETINHO)" -Sociólogo
4 comentários:
Que arrepiante meu Deus!!! participei neste 2º tema desta BC mas não com muita vontade... o assunto é muito forte para quem tem filhos. Mas temos que arranjar coragem para tal, porque se fossem todas a pensar como eu, não havia sensibilização para esta DEFESA.
Este post seu é mesmo arrepiante...mete dó esta mãe! quantas não haverão a sofrer por motivos iguais e idênticos?
Como não é possível, combater estes crimes tão horrendos?...
Deus nos ajude a todos.
Beijinho para si
Muito triste uma mãe não saber o paradeiro de um filho! Sinto arrepios somente em pensar!! Beijus
Também mensionei o Betinho em minha postagem sobre pedofilia.
Venha me visitar e ser minha seguidora.
Aproveite e já vote lá também.
Bjs.
Sandra
Muito triste essa história...
Se ela fosse publicada na mídia impressa , quem sabe não achariam essa garota para essa pobre mãe? Isso se essa filha estivesse viva ainda né?
Me tornei sua seguidora e já copiei seu selinho prá colocar nos meus blogs.
Bjinhos
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