sábado, 14 de fevereiro de 2009

Falando de "Amor"......


Falando de Amor


A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.

É o mais independente.

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,

as distâncias, as impossibilidades.

Quando há afinidade, qualquer reencontro

retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto

no exato ponto em que foi interrompido.

Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.

Do subjetivo para o objetivo.

Do permanente sobre o passageiro.

Do básico sobre o superficial.

Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos

verbais para se manifestar.

Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece

depois que as pessoas deixaram de estar juntas.

O que você tem dificuldade de expressar a um não afim,

sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade.

Afinidade é ficar longe pensando parecido a

respeito dos mesmos fatos que impressionam,comovem ou mobilizam.

É ficar conversandosem trocar palavras.

É receber o que vem dooutro com aceitação anterior ao entendimento.

Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para,

nem sentir por, nem sentir pelo.

Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado.

Quantos amam e sentem para o ser amado,não para eles próprios.

Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.

É olhar e perceber. É mais calar do que falar, ou, quando é falar,

jamais explicar: apenas afirmar.

Afinidade é jamais sentir por.

Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.

Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.

Compreende sem ocupar o lugar do outro.

Aceita para poder questionar.

Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.

Afinidade é ter perdas semelhantes e iguaisesperanças.

É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas

quanto das impossibilidade vividas.

Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem

lamentar o tempo de separação.

Porque tempo e separação nunca existiram.

Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida,

para que a maturação comum pudesse se dar.

E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a

expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.




Autor(Artur da Távola)





Sonh@dor@.

2 comentários:

Isabel de Miranda disse...

Sonhadora AMEI este texto lindo e gostei muito da nova arrumação do teu cantinho parabéns beijinhos carinhosos

janeca disse...

Olá miga adorei o teu texto,lindooooo!!!

Tens um desafio no meu blog:))

Bjocas